
Digam lá se não sou bonita?
E em jeito de despedida, bom fim de semana a todos!
Se quizerem apanhar o Perdigão, vão ter ao Alentejo, eh eh eh!!!



Aqui o avô Joaquim dizia à Fátima que só valia peixe deste tamanho!
Depois de tudo montado, lá começou a pesca, propriamente dita. O Dionísio e o avô Joaquim a sacar à bruta, enquanto eu, pouco versado nesta pesca sem sal, lá fazia os possíveis para os acompanhar. Então foi quando um acontecimento algo patético veio quebrar alguma monotonia instalada. E quem seria o personagem vítima desse acontecimento? – Perguntam vocês – É claro que me tocou a mim. Nem podia ser doutra maneira, e passo a explicar: - Nós estávamos a pescar com linha fina e anzóis pequenos, próprios para o tipo de peixe que pretendíamos apanhar. Pequenos peixes, tipo sardinha chamados abletes. Ora houve uma altura, que já farto de ter a cana na mão, ponho-a no chão, apoiada num ramo, à beira da água e vou ter com o Dionísio que se encontrava ao meu lado, um pouco afastado. De repente oiço o pessoal a gritar: - Eia! olha a cana! Vai-se embora! Olhei para o sítio onde a tinha deixado, e vejo-a abalar, água dentro já a desaparecer em direcção ao fundo. Mal tive tempo para perceber o que se estava a passar e já estava dentro de água, vestido e calçado, preocupado não em apanhar peixe, mas sim em apanhar a cana, arrastada por um carpa matulona que se tinha prendido no anzol. O que me valeu é que depois de deitar a mão à cana a linha partiu-se. E assim inaugurei a minha época balnear!Entretanto o Dionísio apanhou duas belas carpas, mas perante a súplica dos animais pela liberdade, lá as soltou de novo na água.
A barriga começava a dar sinais. Era hora do almoço.
Diz o Dionísio: - Ó pessoal, olhem aí pelas canas que vou buscar o almoço e já volto. E lá foi, com a avó Rosina á Tasca do Sr. Coelho. Voltou quase duas horas depois (Sabes onde estamos? – teria-lhe perguntado o Sr. Coelho – Vai demorar!)
Mas valeu bem o tempo de espera porque o petisco estava de trás d’orelha.
E foi debaixo desta sombra que retemperámos as forças para a segunda etapa do dia.
Acabado o repasto logo voltámos a pôr a minhoca de molho. Eu não tinha grande fé, mas a tarde viria a revelar-se ainda mais produtiva que a manhã. Parecia que os peixes tinham encostado todos, atraídos pelo cheirinho do choco frito, e o morticínio foi grande… Não havia mãos a medir. Mal caía na água os maganos jogavam-se logo ao anzol. E nós, numa grande trabalhêra de tirar o peixe, pôr o isco mais parecia uma cadeia de montagem.
E foi aí que eu me apercebi do aparecimento de um novo desporto, logo baptizado de “BasketFish” e da enorme falta de jeito que o Dionísio tem ao praticá-lo. Não sei se motivado pela alta cadência de tira-peixe-põe- minhoca que se fazia sentir, o que é certo é que ao tirar o peixe do anzol e mandá-lo para a rede que se encontrava na água, a um metro da cadeira onde se sentava, o nosso amigo Dionísio em cada quatro lançamentos falhava três, para grande alegria e gozo dos peixes que escapavam ao cesto (alguns foram mesmo pescados mais que uma vez, e quando se afastavam água dentro olhavam para trás com carinhas de gozo).
As meninas passearam e conversaram, tendo a Patrícia guiado a Fátima pelas redondezas que já conhecia doutras pescarias
E assim se passou o dia. Pescando, comendo, amigando. Enchendo o peito de ar puro, de sol e tranquilidade em terras de Além Tejo, neste começo de Primavera que se quer renovada, assim como a amizade. No final pesou-se a pescaria e apuraram-se 4 kilos e meio de abletes, fora as duas carpas que soltámos.
Por mim, é para repetir, quem sabe com outros pescadores que se queiram juntar!Obrigado à família Simões por este excelente dia!


