28 abril 2006

Ele há coisas...

O texto que aqui transcrevo, chegou-me às mãos nem eu sei bem como.
Não conheço a personagem, nem se é homem ou mulher. Apenas fiquei intrigado com a forma como põe as questões.

Deixo, a quem quiser comentar, a possibilidade de descobrir está enigmática figura.

Abraços




"Sr Perdigão,

Com muito gosto acedo ao seu convite e tomo conhecimento deste seu livro aberto.

Mal me conhece e honra-me com a possibilidade de poder comunicar um pouco.

Gratidão é palavra "pequena" para expressar o meu apreço, mas queira considerar: sentimentos, não são o meu forte. Conto que procure entender esta posição.

Lamento só hoje poder deixar uma palavra à liberdade. Na véspera fiquei sem computador... estava a lêr uma mensagem deveras intrigante, numa das suas páginas e li-a, para além do que tinha escrito. Parece que foi castigo: Puf! Salvo erro, um fusível queimado e o computador apagou-se, literalmente. Coincidências, dirão e também que nada é por acaso e que não existem coincidências (ele há pessoas para tudo!). Ao longo das minhas andanças tenho verificado que as posições extremas são as que trazem menos conhecimento e são um pouco do tipo a discussão do ovo e da galinha.

Leio para além do que está escrito porque a maior parte das vezes, quase todos nós escrevemos para dissimular o que somos e o que queremos dizer. Lêr nas entrelinhas também é insuficiente e dá apenas a ideia do que queremos... O fundamental é o que somos.

Agora, quanto à liberdade - a sua mensagem pareceu-me tão distante das minhas experiências... (também não são assim tantas).

Sou muito cerebral e espero não aborrecer. Gostaria de saber mais sobre a "doçura" e sobre "o campo de lírios". Como pode a liberdade ser sentida? Acho-me a pessoa mais livre do mundo, mas isso não me traz sensações, pelo contrário preocupa-me e traz-me quase o oposto, ou seja, muitas condicionantes e em particular um sentido demasiado apurado de responsabilidade.

Gostaria de ter o seu comentário.

Agradeço.
Naia Castro "

21 abril 2006

Pra tomar, ás colheradas















Está conquistada!

Ainda assim o seu nome é pronunciado, tão docemente, como o despertar de um campo de lírios, L I B E R D A D E ...

Foi ontem! É hoje, será, enquanto quisermos, amanhã!

20 abril 2006

O pai de Corto



Hugo Pratt

"A esperança, o desejo de uma vida melhor: à parte alguns masoquistas, toda a gente busca isso em todas as latitudes. Ter às suas ordens, como o Salomão da tradição ocultista, o mundo dos anjos e o mundo dos demónios é um desejo compreensível. Viver melhor é o voto de todos, mas os caminhos para tentar lá chegar são múltiplos e variam em função da personalidade de cada um. Os únicos caminhos que me parecem condenáveis são os que fazem mal aos outros; eu sou pela delicadeza - a delicadeza dos fortes, não a delicadeza dos fracos. E quer seja aborígene australiano ou vendedor de ostras dos Países Baixos, qualquer homem sob qualquer constelação pode compreendê-la, mesmo os mais brutos acabam por ser sensíveis a ela. Uma das últimas coisas que me comovem hoje é a delicadeza.

Hugo Pratt (autor das histórias de Corto Maltese)"Pública", 4.12.05

Quem estiver interessado, tenho, em ficheiro, 17 álbuns de Corto Maltese.

18 abril 2006

Parabéns, bébé


Hoje faz anos o filhote Bruno!

Que seja uma vida longa, com saúde e felicidade!

Um beijão para ti campeão!

10 abril 2006

Bem vindo José Fanha


O Zé Fanha é outra personagem que teve papel importante no meu crescimento cultural e político.
Meu companheiro com o Zeca, o Adriano e tantos outros responsáveis pela minha formação dos sentidos, por ele passaram, e de certo ainda passam, os ideais de liberdade, solidariedade, fraternidade.
Recentemente abriu um blog, o seu Soldadinho de chumbo. Um abraço ao poeta e ao homem.
Benvindo a este virtual mundo!

http://zefanha.blogspot.com/

06 abril 2006

A noite foi de todas as côres!

Pareçe que, finalmente, o saquinho dos tormentos que todos carregamos, e no meu caso, se resolveu abrir.

Quero falar-vos duma situação que já há algum tempo me causa profunda tristeza. Sobretudo com a chegada das 5ª feiras. Dia em que A noite é de todas as côres ia para o ar na Rádio Ocidente. Pois bem, ia, digo eu, porque já não vai. Pelo menos tendo como anfitrião o Manuel Lopes.
A estação foi comprada por uma grande rádio nacional, e a limpeza, como é da praxe, começou.

Com a consideração e o respeito que os outros profissionais da Ocidente merecem, não posso deixar de manifestar a minha raiva, quase desespero, acreditem, pela saída do Manuel Lopes.
Era ele a alma e o motor deste programa, que todas as 5ª feiras abria as portas e o coração ao auditório, dando vóz a alegrias, a tristezas, a talentos, com o seu talento de cidadão e comunicador. Ninguem, como o Manuel, e é difícil pô-lo em palavras, sabia conduzir a corrente de sentimentos que nós, grandes cromos, por vezes despejava-mos ao seu microfone.

Tenho saúdade de ouvir os amigos que semana após semana marcavam a sua presença nesse espaço sempre ansiado! O Zé Batista, (grande rouxinol) o Vitor,(exemplo de vida) o Vasquinho, (nosso embaixador junto das Figuras históricas) a Maria José Flôr, a D.Ercília, a Ameixa, o Aranha, a Regina e tantos outros...

Não sei quais foram os critérios que levaram á saída do Manuel Lopes da Ocidente. Não me cabe a mim, nem aqui, equacionar esse assunto. Só sei que a Ocidente perdeu um ouvinte e tornou as minhas 5ª feiras, ao final do dia, mais tristes e vazias.

Em meu nome, e de certo em nome de todos os noctívagos coloridos, obrigado Manuel Lopes por tudo aquilo que partilhou connosco, pela entrega e o carinho que povoaram as noites de 5ª Feira.

Um abraço, Grande!

Palavras Vivas














A minha consciência atormenta-me.
Apesar de estar fora da data, sinto-me na obrigação de relembrar-vos esta figura única da minha geração.
Fez no passado dia 1 de Abril 10 anos que o Mário nos deixou. No coração daqueles que o viram trabalhar fica o seu talento como uma marca indelével.

Aqui fica um atalho para o ouvirem dizer o Manifesto Anti-Dantas.
http://www.guork.com/armazem/Manifesto.mp3

Até sempre, Mário...