30 maio 2006

Em busca do sentido da vida




Foi o meu primeiro encontro com Haruki Murakami. Não podia ter corrido melhor!

Um romance carregado de poesia! Não o percam, por favor!



"Kafka à Beira-Mar narra as aventuras (e desventuras) de duas estranhas personagens, cujas vidas, correndo lado a lado ao longo do romance, acabarão por revelar-se repletas de enigmas e carregadas de mistério. São elas Kafka Tamura, que foge de casa aos 15 anos, perseguido pela sombra da negra profecia que um dia lhe foi lançada pelo pai, e de Nakata, um homem já idoso que nunca recupera de um estranho acidente de que foi vítima quando jovem, que tem dedicado boa parte da sua vida a uma causa- procurar gatos desaparecidos.
Neste romance os gatos conversam com pessoas, do céu cai peixe, um chulo faz-se acompanhar de uma prostituta que cita Hegel e uma floresta abriga soldados que não sabem o que é envelhecer desde os dias da Segunda Guerra Mundial. Assiste-se, ainda, a uma morte brutal, só que tanto a identidade da vítima, como a do assassino, permanecerão um mistério.
Trata-se, no caso, de uma clássica (e extravagante) história de demanda e, simultaneamente, de uma arrojada exploração de tabus, só possível graças ao enorme talento de um dos maiores contadores de histórias do nosso tempo."

(Comentário de Fnac, Livrarias)

29 maio 2006

Déirin Dé




"Os Déirin Dé, são uma banda de música celta. Constituída por seis músicos, sendo quatro alemães de origem irlandesa, um inglês também ele de origem irlandesa e uma irlandesa radicada aqui na alemanha.
Dois destes elementos trabalham comigo no voluntariado de uma Organização de acolhimento de crianças.
Ao contrário do que se possa pensar lá fora, aqui como em todo o mundo, infelizmente, também existem muitos problemas sociais, muita miséria camuflada e, é exactamente nas crianças inocentes, onde esses problemas atacam mais forte.
É na categoria de voluntários que estes seis fantásticos darão amanhã, 6ª feira, aqui na cidade, um concerto de beneficência que, espero, tenha o maior sucesso e vá de encontro aos objectivos por nós sonhados.
Se todos dermos algo de nós, ainda que muito pouco, teremos todos a possibilidade de crescer até ao sol..."


(Retirado do Blog da Casa da Micas, uma compatriota que reside na Alemanha, e que podem visitar no Link, aqui ao lado. Não se vão arrepender!)

22 maio 2006

O Código d'Avintes


Sete amigos juntaram-se para fazer uma brincadeira: escrever um romance a sete mãos. Daí resultou "O Código d'Avintes".

Está mesmo a sair o novo romance. Dia 8 de Junho na Feira do Livro de Lisboa, pelas 18H00, com apresentação de Raul Solnado. Decerto que o humor fará parte do enredo.

Não percam este livro dos mesmos autores de "Os Novos Mistérios de Sintra", entre eles o amigo Zé Fanha. Eu não vou perder!

21 maio 2006

Sado, rio saleroso!

O dia de Sábado tinha começado bem, mas o que é facto é que terminou em beleza.

Beleza da noite, do rio, das ruelas mouriscas de Alcácer do Sal com o seu passado arquitetónico tão rico e ainda tão presente, da amizade da Fátima G.

A Companhia de Ballet Flamenco de Madrid, deixou-nos sem respiração durante a sua actuação. É bom viver quando temos a alma tão cheia de coisas belas...

(roam-se os que não viram.)

















Vinho do Porto

Não, não é sobre esse precioso nectar do Douro que quero falar. Quero falar duma família que há mais de 30 anos tem comigo uma amizade só comparada aos tesouros forjados, na fidelidade e na honra que têm os grandes vinhos, daqueles que se reservam para os mais importantes momentos da nossa vida.Quero falar da família Correia.

O João Correia é meu colega de trabalho desde 1970. É meu amigo, sei lá, desde que conheço o significado da palavra amizade. Amigos de hoje, mas também de ontem, de outra vida que tive, e que nunca me viraram a cara quando do seu apoio precisei. Amigos, certamente de amanhã.

A Isabel, sua eterna mulher e mãe dos seus filhos, Nuno e Joana, fêz aninhos. E, como é da praxe, lá fomos nós para a bela sardinhada!

Um dia muito bem passado, entre amigos, entre família!

Aqui deixo algumas fotos que, decerto, falarão por si.



Já viram a inveja de quem vive num 3º andar?







Ó Joãozinho, isso foi só pra fotografia, quem assou as sardinhas fui eu!



O Engº. Nuno. (pra mim há-de ser sempre o Capitão América!)



António Pedro de Vasconcelos Cunha e Sá (Mais conhecido pelo Rei das farófias)




A juventude quando soube que havia Festa da espuma,apareceu em força! (um beijinho para estas queridas senhoras)


O bispo das Mercês veio abençoar o almoço!


LINDOS!


A Fernanda e o Batatoon! perdão, e o seu esposo, Zé Águas!



Estávamos todos á espera que o Zé Águas fosse buscar a garrafa do Wisky!


O casalinho!


Miminhos, quem os não quer?


O Fredy e a Bianca estavam desolados.É todos os anos a mesma palhaçada!


Aqui, António Pedro de Vasconcelos, num momento bonito de Karaoke, pedindo mais farófias. (eu nunca mais vi a tigela...)


Finalmente, a Bébé, soprou as velas, com o marido ao fundo, todo babado!

A festa continuou, mas a partir daqui as fotos estão impróprias de se mostrar. Coisas!!!!

Agradeço á Joaninha pela reportagem.

Um abraço do Zé Manel e da Fátima.

19 maio 2006

Ausência

do Lat. absentia


s. f.,
afastamento de pessoa, animal, etc. do lugar em que deveria estar;

falta de comparência ou de assistência;

a não existência.


fam.,
fazer boas -s: dizer bem de quem não está presente;

fazer más -s: dizer mal de quem não está presente.

(Dicionário On-line Priberam)


humildade, verticalidade, reconhecimento das nossas fraquezas, acreditar no amor e na vida.

(Digo eu...)

18 maio 2006

Soma, e segue


Boa maré, esta em que estamos, nos oceanos da escrita. Hoje foi a vez do Zé Lopes - o que, diga-se de passagem, para ele é já corriqueiro, - arrecadar o 2º lugar nos IV Jogos Florais de Poesia de Avis.

Parabéns companheiro, e já agora, se o prémio fôr um presunto, não te esqueças de repartir com os amigos!

11 maio 2006

Já quase não há bilhetes...


Quem puder e quiser aparecer, serão benvindos!

09 maio 2006

Olha pra mim, todo vaidoso...

Esta manhã recebi um e-mail da RDP Antena 1, a informar que o texto com que participei no programa "A história devida" tinha sido selecionado, e que iria passar em antena no dia 17 de Maio, 4ª feira. Juntamente, diziam-me que o meu texto iria fazer parte de uma compilação em livro, a editar brevemente.

Não será, por estes factos, que aquilo que escrevi tomará outro sentido ou importância.

Apenas quero frisar que essa história, "Mar de memórias", foi a primeira a ser contada neste espaço, e isso sim, para mim é importante porque, nela estão contidas as vontades, os apoios e os carinhos de alguns de vós, que a tornaram possível.

Esta pequena "vitória" é nossa, amigos Charraz e Zé Lopes!


Abraço, Grande

08 maio 2006


Só no teu rosto


Devias estar aqui rente aos meus lábios
para dividir contigo esta amargura
dos meus dias partidos um a um

Eu vi a terra limpa no teu rosto,
Só no teu rosto e nunca em mais nenhum

Eugénio de Andrade

06 maio 2006

O Grupo que trago no coração


É verdade! até me podem chamar piegas, mas é assim que ele anda comigo.
O meu amigo Charraz insistiu para que eu divulgue as actividades do Grupo Norte-Sul aqui neste espaço. Depois de alguma troca de palavras reconheci que a razão estava com ele. Não se trata de auto-promover o Grupo. Apenas dar a conhecer o ambiente que se vive em cada actuação, e as figuras sempre engraçadas que fazem estes 11 indomáveis patifes. Assim, em jeito auto-biográfico, a partir de hoje, e sempre que se justifique, haverá Crónicas ao Sul.
Abraço amigo,
Breve história do Grupo Norte-Sul


Calcorreando montes e vales, por caminhos onde por vezes só se vêem as marcas deixadas pela faina agrícola, ao frio ou á calma do meio-dia, lá vai o autocarro da C.M. de Oeiras para mais uma deslocação do Grupo Coral e Instrumental Norte-Sul.

Quer seja na mais modesta aldeia, ou respondendo ao mais solene convite, o empenho e a dedicação de cada um dos seus membros é total. E enquanto não começa o espectáculo, a azáfama toma conta de cada um, montando a aparelhagem, afinando gargantas e instrumentos para que tudo fique perfeito na hora mágica de subir ao palco.

Depois, bem, depois é o dar e receber, é a troca de emoções, o intercâmbio cultural entre realidades por vezez bem diferentes. No final, todos nós saímos mais ricos. Há quem traga de volta para a grande cidade um sorriso, o olhar de um velho pastor, a alegria dos jovens, uma paisagem, os sabores dos comeres ancestrais...

Embora os trabalhos do Grupo visem, em particular, a música que se toca a sul do Tejo, é a diversidade geográfica dos seus 11 membros permanentes que lhe dá a riqueza. Temos gente das beiras, de trás-os-montes, da estremadura, africanos, e claro alentejanos. Já editamos 5 trabalhos de originais, escritos e compostos pelo Grupo, e estamos com o próximo na forja. O Grupo tem o seu espaço de ensaios, cedido no Centro Cultural da Lage, e conta com o apoio, sempre omnipresente da Câmara Municipal de Oeiras.

E assim tem sido este o caminho percorrido pelo Grupo Norte-Sul ao logo dos seus já 21 anos de actividade.
Espectáculos confirmados:
13 de Maio - Outorela-Carnaxide
28 de Maio - Cacém
03 de Junho - Idanha-Belas
04 de Junho - Marginal-Oeiras
10 de Junho - Baixa da Banheira
01 de Julho - Sta.Margarida do Sado - Ferreira do Alentejo
15 de Julho - Aljustrel
06 de Agosto - Tavira
13 de Agosto - Piódão

03 maio 2006

És tão bonita, Mãe...


Mãe:
Queria inventar um novo alfabeto, uma nova língua, onde a palavra MÃE tivesse o significado que tu tens para mim.

Tu sabes o quão fugitivo é o verbo entre nós, tu entendes-me, eu tento não te desiludir.

Talvez seja esta a nossa maneira de conversarmos, onde faltam as palavras, onde abundam os olhares, onde aquilo que há para dizer se diz por códigos, sei lá, talvez aprendidos ainda quando me carregavas no teu ventre.
Desde muito cedo aprendi contigo a gramática dos silêncios, a morfologia das suas intensidades, a comunicação que há nos sentidos. É por isso, que quem não nos conhece, nos julga distantes, afastados, sem perceberem que a uma maior distância corresponde um maior amor.

Lembras-te quando me abriste a porta de casa, era eu um galarote, com 20 anos. Queria voar, conhecer a vida fora da tua asa protectora. E com a cabeça cheia de sonhos lá parti. Depois, depois, foram mais 20 anos, até que de novo, me abriste a porta, agora para entrar, para regressar ao teu colo e sarar as feridas. E tu mãe sempre estiveste a meu lado, sofrendo com os desgostos que te dava, exultando com os novos sonhos que me povoavam a alma.

Nunca vou ser como tu, mãe, não tenho esse dom, nem como filho, nem como pai. Mas que hei-de eu fazer? É uma tarefa difícil, amar sem o egoísmo de querermos ter o mundo nas nossas mãos. Mas até nisso tu pensaste. Deste-me um irmão, que eu adoro, e que com a sua força me torna mais forte, para te amar, e em conjunto te louvar como a Senhora das nossas vidas.
Obrigado por seres minha Mãe! Por fazeres brilhar em mim o que tenho de bom, por carregares às costas o que tenho de mau.

Mãe … que mais dizer… se esta palavra quer dizer tudo! De facto, não encontro melhor forma de falar de ti senão chamar-te, somente, MÃE.

És tão bonita, Mãe…


A todas as mães, as que estão, e as que já partiram.