Estimado Sr Rogério Charraz, (Não devia ter enviado foto...Não resisto a uma análise “endo-morfológica”.
Já devia saber isso! Sou pior que as ciganas para lerem a sina... E, por outro lado, finalmente um rosto! E, ainda, agora que o vejo já deixei de o ver...)
Rosto tipicamente cristológico (até tem olhos azuis)... nunca percebi porque estereotiparam a imagem de Jesus de Nazaré, de preferência com olhos azuis.
Robert Powell terá sido o actor que melhor definiu os estereótipos cinematográficos para este rosto.
Se a sua foto chegasse a um destes realizadores, em particular no final dos anos 70...
Bem, obviamente tem um rosto com formas que exprimem circunspecção e alguma reserva e timidez. Em termos formais origens marcadamente mediterrânicas (cor de cabelo, nariz afilado, traços curtos e secos com ossada bem definida).
No entanto não deixa de ter intercâmbios nórdicos – pele muito branca e olhos muito claros. À parte da rigidez do rosto (os mediterrânicos e médio orientais têm rostos considerados rígidos por serem afilados, magros e de ossadas “fechadas”) tem um sorriso que transmite abertura, espontaneidade, mas alguma busca de tranquilidade.
Deve ser uma pessoa de trato agradável, mas arrisco dizer que apenas se manifesta se tiver algum à vontade, preferindo ficar calado e observante perante o que desconhece ou não entende. O olhar transmite perspicácia. As suas palavras transmitem grande sensibilidade (até porque tenho consciência que não sou alvo fácil) e o Sr Rogério acertou em pleno – o tempo, as contrariedades, as arguras, em mim, têm tido efeitos adoçantes e, por outro lado, a minha preocupação com o estado das coisas é cada vez menor, pois vejo cada vez mais e maiores sofrimentos à minha volta.
Vejo Homem de costas voltadas para si mesmo e para o Essencial.
Faço minhas as palavras de Elis Regina em “Os nossos pais” – “Vejo vir vindo no vento o cheiro de uma nova estação”.
Mas acrescento – antes disso vamos passar muitos e duros invernos e pressinto que muitos vão sucumbir e serão, primeiro e sempre, os mais fracos, os mais pobres, os mais pequenos e os mais novos.
Sofro muito com o sofrimento do mundo, porque os que sofrem são os que menos podem e, em particular, no caso das crianças... tranca-se-me o coração!
Sr Rogério – parabéns quebrou barreiras comigo (entenda-se o figurativo, obviamente) e tem um rosto que as raparigas devem gostar.
Da minha parte vejo apenas alguém bastante sincero e puro, mas com demasiada necessidade de racionalização, em particular face ao desconhecido.
Entretanto e correndo o risco de ser oportunista (mas a causa é bastante altruísta) faço um apelo aos Srs.
Recebi hoje uma mensagem interessante a respeito da (falta) água que, como sabem, é uma das minhas grandes preocupações e espero que não seja mais uma trapalhada de angariação oculta de publicidade e promoção indevida à custa de sofrimentos reais – p.f. visitem e divulguem – vendo-vos o peixe como me venderam a mim:
"Arrancou esta semana em Portugal um projecto pioneiro de solidariedade. A água embalada Earth Water é o único produto no mundo com o selo do Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), revertendo os seus lucros a favor do programa de ajuda de água daquela instituição.A nível nacional, a Earth Water é um projecto que conta com a colaboração da Tetra Pak, do Continente, da Central Cervejas e Bebidas, da MSTFPartners, do Grupo GCI e da Fundação Luís Figo.Com o preço de venda ao público (PVP) de 59 cêntimos, a embalagem de Earth Water diz no rótulo que «oferece 100% dos seus lucros mundiais ao programade ajuda de água da ACNUR», apresentando, mais abaixo, o slogan «A água que vale água».
Actualmente morrem 6 mil pessoas no mundo por dia por falta de água potável.
Com 4 cêntimos, o ACNUR consegue fornecer água a um refugiado por um dia.http://earth-water.org/"Todos os dias morrem seis mil pessoas devido à falta de água potável e destas, 80% são crianças. A cada 15 segundos morre uma criança devido a uma doença relacionada com a água.
Com a criação da Earth Water pretende fazer-se a diferença e melhorar estasestatísticas assustadoras. Ao desenvolver o conceito "You Never DrinkAlone" pretende-se criar solução para a falta de água mundial.
Agradeço.
Naia Castro