08 maio 2006


Só no teu rosto


Devias estar aqui rente aos meus lábios
para dividir contigo esta amargura
dos meus dias partidos um a um

Eu vi a terra limpa no teu rosto,
Só no teu rosto e nunca em mais nenhum

Eugénio de Andrade

1 comentário:

Anónimo disse...

De Eugénio, retomo o sentido de António Nobre e o sentir de Almada Negreiros (Nome de Guerra, XV):
"Ó filho! Já me tiraram o medo há muito tempo!
Esta frase continha para para o Antunes uma significação: perder o medo era ganhar o conhecimento da vida.
(...)
Não há mestre mais categórico do que arealidade a seco."

E a relidade mostra como os dias são inteiros, mesmo que se respire do cimo do outeiro ou dos odores de um Castro!
-Sem medos!